sábado, 18 de abril de 2015

Resenha: Uma casa no meio do caminho, de Barry Martin e Philip Lerman


Oláá Pessoal! Como está sendo o final de semana de vocês!?
Eba, eba!! Até que enfim trouxe resenha de livro aqui no blog! E esse é bastante especial para mim, pooois, foi comprado em uma livraria no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ou seja, me lembra muito a viagem, toda vida que olho para ele na minha prateleira! Esse livro simples, mas fofo, trata de uma história real contada por Barry Martin e Philip Lerman. Nunca tinha ouvido falar nada desse livro, mas comprei sem medo de arriscar, pois gostei do que dizia na capa: "Como a amizade com uma velhinha durona mudou minha vida". Adoro conversar com pessoas mais amadurecidas, sinto muita falta dos meus avós e já tive, sim, uma amizade muito forte com uma velhinha durona. Então, o presente livro fez com que eu quisesse tornar esse "já tive amizade" em "quero reconquistar essa amizade!". Lembrei de tempos bons quando morava no centro da cidade e na sinopse diz que ele inspirou o filme Up! Altas aventuras, aí, pronto, comprei! :)


Uma casa no meio do caminho, se passa no bairro Ballard, uma área tranquila e agradável do outro lado de uma pequena ponte que leva ao centro de Seattle. Trata de uma linda amizade entre duas pessoas totalmente diferentes: Edith Wilson Macefield e Barry Martin. Barry é um engenheiro e foi convidado a ser superintendente de uma construção de um shopping gigantesco. E Edith era uma senhora aparentemente simples, que morava em uma casa simples e levava uma vida relativamente simples. Porém, essa casa aparentemente simples, ficava bem no meio onde o tal shopping seria construído. Ou seja, Barry se encontrava em uma situação difícil: tentar convencer a velhinha a se retirar da casa, ou construir o shopping com a casinha ali mesmo. A resistência de Edith era tão grande que sua história ficou famosa em todo o país. Foi oferecido $ 1 milhão de doláres e mais ajudas com saúde para vender a casa, mas o que aquela senhora tinha pra contar e o que aquela  casa significava para ela, nem todo o dinheiro do mundo pagava. 


E foi em meio a tudo isso que começou a amizade. Barry observava diariamente a vida da senhora, como ela se virava, se alguém a ajudava. Percebeu ela era bastante solitária, mas sabia se cuidar muito bem. Era bastante fechada, mas parecia ter um coração enorme. Ela só queria viver em paz ali, ou até mesmo, morrer ali. Dividido entre as obras do shopping center e o bem estar da senhora Macefield, Barry tentava a cada dia se aproximar, saber se estava tudo bem e até mesmo, ajudar aquela velhinha com suas necessidades, como por exemplo, cozinhar para ela, ou levá-la ao hospital! Uma linda amizade estava sendo construída. E mais linda e irônica ainda porque o chefe da obra, pessoa que sentiria todas as vontades do mundo para fazer com que ela saísse daquele lugar e deixar a obrar seguir adiante, tinha o desejo de que ela ficasse ali. Ele entendeu os motivos dela. E agora, fazia parte da sua vida. 

Barry descobriu que Edith tinha muitas histórias interessantes e meio que inacreditáveis! Como ser prima de Benny Goodman, ou ter ensinado passos de dança para Mickey Rooney. Ou ter escapado de um campo de concentração nazista. 

"Mas à medida que comecei a visitá-la com uma frequência cada vez maior, me vi querendo escutar mais e mais daquelas histórias - bastavam alguns trechos para eu ficar interessado. Edith era como todos aqueles livros: tinha um milhão de histórias dentro dela. Talvez metade delas não fosse verdadeira. Mas só o fato de saber que podíamos encontrá-las ali já era muito interessante".

O autor e personagem do livro então, passou a dedicar mais do que metade do seu dia a dia, entre família e trabalho, a conhecer e cuidar da nossa apaixonante idosa. Dona Edith, muitas vezes fingia está com alguma dificuldade só para seu amigo especial ir vê-la. Mas sua paciência era gigantesca e ele estava decidido a ser amigo fiel, mas do que amigo fiel, era como seu fosse um pai para Edith, mesmo ela sendo bem mais velha que ele.

"Quando se trata de cuidar de uma pessoa idosa, estas são as pequenas coisas que ou o enlouquecem ou você simplesmente aceita. Eu decidi aceitar".

Muitas das atitudes de Barry foram herdadas, pois sua mãe também já havia cuidado de pessoas idosas. O autor sabia que os pais dele estariam orgulhosas do que ele estava fazendo.

"Era um ato nobre, eles me disseram, e acho que nunca se é velho demais para ficar feliz quando os seus pais dizem que você é um bom menino".




Depois de muitos momentos felizes, muitas histórias contadas, muito amor e companheirismo,a senhora Macefield foi diagnosticada com uma doença grave fazendo com que o autor se sentisse em um trem que mudara bruscamente de direção:

"Quando se ama alguém desse jeito, parte do seu cérebro simplesmente se fecha, a parte que não quer ver o que você não quer ver, não quer ouvir o que você não quer ouvir".

Depois de muitos momentos felizes, muitas histórias contadas, muito amor puro e compartilhado, muitas lições aprendidas Barry nem sabia de tamanha importância que ele tinha para nossa velhinha. No final ele se surpreende com histórias ocultas e fica ainda mais curioso pelo passado de Edith. E o resto vocês só vão saber lendo! :P

Mas antes uma citação incrível, de autoria de Edith Wilson Macefield:

"Se uma memória é muito dolorosa, ela acaba sendo reprimida consciente ou inconscientemente - um instinto de sobrevivência, suponho. Entretanto, a natureza não me ofereceu esse artifício para fuga. Eu tento apagar essas lembranças mas não consigo. Elas permanecem nos corredores do tempo tão vívidas quanto em seu nascimento, seguramente entrelaçadas com as recordações agradáveis, emocionantes e que fazem rir". 




Editora: SEXTANTE
ISBN: 9788543101644
Publicação: 2013
Páginas: 240

Minha avaliação:       

Espero, de coração que tenham gostado do post, adoro escrever sobre livros que li e compartilhar por aqui histórias que tenham alguma lição para nossas vidas. Ainda mais essa, puramente real! 

Até logo, logo!

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